Floresta Mediterrânea -formação vegetal constituída por árvores, geralmente de pequeno porte, cheias de nódulos e de folha persistente e, por isso, sempre verde. É constituída por árvores mais ou menos espaçadas entre si, que permite entre esses espaços, o desenvolvimento de um estrato arbustivo mais ou menos denso e também de folha persistente. Quanto ao estrato herbáceo, é pouco desenvolvido, devido a grandes períodos de seca (no período seco). Toda esta vegetação apresenta características de adaptação à secura - folhas pequenas, raízes profundas e ramificadas e troncos revestidos por casca espessa, como é o caso do sobreiro, a azinheira, a oliveira-brava, alfarrobeiras, medronheiros, zambujeiros, pinheiros (pinheiro-manso e pinheiro-de-alepo), o cedro e o cipreste. A actuação humana sobre a floresta (principalmente fogos, pastoreio, agricultura, procura de madeiras...), foi destruindo a floresta mediterrânea original dando progressivamente origem a formações vegetais secundárias: maquis e garrigue.

A Laurissilva - vestígios da antiga floresta mediterrânea da Era Terciária

A floresta mediterrânea original, praticamente não existe. Essa floresta "primitiva" da Era Terciária, está actualmente presente em áreas muito restritas e relativamente afastadas da intervenção humana. Contudo ainda se podem observar em alguns locais, tais como na ilha da Madeira, Açores, Canárias, Cabo Verde. Mas outrora, cobriam vastas áreas da Europa Mediterrânea. Também se chama a essa floresta primitiva Laurissilva (as espécies dominantes são algumas variedades de loureiro - pelo menos quatro).

 

 

paisagem de maquis

 

Maquis - Esta formação vegetal, também designada por chaparral ou matagal, é constituída principalmente por arbustos, muito densa e fechada, formando um matagal de difícil penetração (árvores-anãs). O maquis desenvolve-se, geralmente, em solos graníticos (silíciosos), onde outrora dominou o sobreiro. Entre as várias espécies de plantas que compõem o maquis, destacam-se o medronheiro, o loureiro, a urze, a giesta espinhosa, a piteira e alguns cactos.

paisagem de garrigue

Garrigue- É uma formação vegetal mais aberta do que o maquis, constituída por vegetação arbustiva, mais ou menos dispersos,  e herbácea (formação vegetal que surge em áreas onde o solo é mais pobre – de origem calcária – onde outrora predominou a azinheira). Forma áreas muito aromáticas e onde predominam a oliveira brava, o buxo, o carrasco, o alecrim, a lavanda, o rosmaninho, a alfazema e o timo,  entre outras plantas aromáticas de muito pequeno porte. A vegetação dispersa-se pela paisagem.

 

Com a destruição da floresta mediterrânea, foram também destruídas, ou levaram a procurar outros locais de refúgio, muitas das espécies faunísticas. Entre os mamíferos, destacam-se os veados, os coelhos, as lebres, os lobos, as raposas, os javalis e pequenos roedores. Os insectos são muito abundantes durante o período de crescimento da vegetação, diminuindo no final do Verão. Há também muitos corvos, tentilhões, águias, corujas e falcões, e entre os répteis destacam-se os lagartos, as cobras e as víboras. Mas pode-se verificar as espécies correspondentes a este bioma.

A distribuição do clima mediterrâneo e do seu bioma, como foi referido, não se confina exclusivamente à área mediterrânea, sendo as principais áreas abrangidas, não só toda a bacia do Mediterrâneo, como também a Califórnia, o centro do Chile, o Sul da África do Sul e o sul da Austrália.

O bosque mediterrâneo é o habitat de muitos animais: coelho, raposa, javali, falcão, lobo, veado, bisonte, castor, gato-bravo, pica-pau, gavião, mocho, …

Fonte:https://geo7.com.sapo.pt/climasebiomas.htm